Artista de rua.

Um bom lugar.

Um lugar que admiro demais e curto muito estar mesmo que sem rumo, é na rua. Como dizia os irmãos artistas OsGemeos, "A rua é a maior galeria de arte do mundo...". Tipo, isso é muito verdade e eu sou testemunha disso. Simplesmente amo estar na rua, andar ver cada detalhe, observar culturas, e ouvir os diversos sons que ali existem. É realmente inspirador e só quem é arteiro de verdade consegue viajar e se emocionar com o que a rua tem de melhor. Já escrevi aqui diversos posts falando sobre a arte nas ruas, sobre a riqueza que muitas vezes passa despercebida e nem notamos um imenso valor que acaba de passar do nosso lado. Dessa vez te convido a viajar um pouco no som urbano que fica avonts nas grandes metrópoles. Talvez nem mesmo os próprios músicos de rua sabem a dimensão e tal valor que o som que eles fazem nas ruas tocam profundamente a alma das pessoas intervindo muitas vezes até no estado de espírito delas. Meio brizante tudo isso, fui um pouco além. Mas se você conseguir entrar na minha mente e ouvir do mesmo jeito, você vai entender muito isso.
Vou contar uma experiência que rolou comigo e que na moral, nunca achei que iria passar por isso.
Num belo dia, acordei ja com a vontade absurda de colar no centro de Sampa e sentir a urbanidade que aquele lugar me traz. Não deu outra, me arrumei, juntei minhas coisas e parti rumo a estação Anhangabau. Eu faço isso direto, mesmo que as vezes sozinho, curto demais andar pelo centro, pela paulista e tals. Pelo menos umas 5 vezes por mês. Sou um verdadeiro contemplador da arte urbana e isso me edifica muito. Nesse dia, eu subi do Anhangabaú pro Largo do Patriarca na ponta do viaduto do Chá, ali sempre tem artista de rua se apresentando e uma galerinha em volta. Dessa vez tinha um carinha tocando violão e deixando fluir um som bem MPB até então sem cantar e ninguem em volta dele. Eu encostei na parede em frente um prédio e fiquei ouvindo o som que ele fazia. Ele começou a cantar uma música do Djavan.. "Meu bem querer, é segredo é sagrada esta...", aquilo soou de forma tão natural e suave na minha mente, que comecei a sentir de verdade o que é estar conectado com a arte de rua, com o verdadeiro som urbano. Na mesma hora, senti uma sensação agradável e um prazer que me deixava avonts naquilo tudo, me senti leve e solitário. Olhei para o alto, enquanto o som soava e agradeci a Deus por aquele momento. Por poder desfrutar de diferentes sensações e tão inspiradoras e quando me dei conta o vento arrancava de leve algumas lágrimas dos meus olhos. Tipo, quando falo que me senti solitário foi um momento que reconheci a minha dependencia de Deus. E saber que toda aquela grandeza urbana, altos prédios, um imenso céu azul, muitas pessoas, e um som extremamente do bom soando, tudo isso não é nada perto de Deus. Ele é maior que tudo isso, isso me deixou avonts pra desfrutar daquele momento e falar pra Deus.. "Indenpendente das mais diversas e agradáveis sensações que possa sentir, nada se compara com o seu amor..".
É impressionante como agente é contemplado por Deus em momentos inesperados. Tudo isso quando entra em contato com a arte, com a formosidade natural existente nas ruas e na forma que essa arte flui, resulta numa sensação de conforto muito boa. Te convido a prestar mais atenção nessas simples coisas que você nem nota. Comece a visualizar o real sentido daquilo, valorize cada artista de rua que você ver, mesmo que você fique ali sozinho, mas se isso te faz bem não perca o momento. E agradeça a Deus por aquilo, saiba que Ele criou tudo. Cada talento e dom vem Dele. Passe isso adiante e seja mais cultural. A verdadeira arte é aquela que inspira corações e eleva pensamentos.

Diferentes lugares, diferentes sensações.

Israel Freschi